Falar sobre a genialidade de Mozart parece até uma redundância. Seu nome é sempre ligado à excelência musical, mesmo por aqueles que não têm tanto conhecimento do universo da música de concerto. O vasto repertório deixado por ele também comprova isso.

Nascido em 27 de janeiro de 1756, em Salzburgo, na Áustria, Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart compôs sua primeira ópera aos seis anos de idade. A paixão de Mozart sempre foi a ópera. Ele demonstra isso já na infância e, mais adiante, em sua carreira musical. Como vivia em Salzburgo, uma pequena cidade da Áustria, Mozart e sua família dependiam muito da ajuda financeira que vinha do arcebispo da cidade e, até por isso, algumas de suas obras nessa época são obras sacras (encomendadas).

Mas como a paixão de Mozart era mesmo a composição de ópera, ele não demorou muito a romper com o arcebispo da cidade para se dedicar a sua vocação. Vale ressaltar que, com isso, ele criou um grande desconforto com o pai, Leopold Mozart, que queria que ele ficasse na cidade e mantivesse a posição confortável que eles tinham. Mozart decide se mudar para Viena, e a partir dos seus 25 anos começa a buscar patrocinadores que encomendassem suas obras.

É sempre bom lembrar que o compositor nunca teve uma vida financeira muito boa, e nunca teve um emprego garantido, tanto que mesmo com todo o talento que ele tinha, morreu pobre em Viena em 1791.

Falando um pouco sobre a composição operística de Mozart é importante ressaltar que ele teve grande influência do pensamento racionalista que imperava na época e que ele bebeu muito na fonte das grandes óperas italianas. E em cada uma de suas composições ele buscava mudar os formatos de suas composições. Mozart foi um dos primeiros compositores a escrever uma ópera em alemão.

Mozart não foi um grande inovador, apesar de ser quase perfeito em suas composições. Uma das principais inovações do compositor é no quis diz a respeito à linguagem musical. Existe uma grande diferença entre eles e os seus antecessores. O texto musical de Mozart sempre ilustrava o que estava escrito. Mozart sempre “desenhava” musicalmente todas as ideias contidas no texto.

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Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart

Outra grande diferença de Mozart para os outros compositores da época eram os temas de suas obras. A grande maioria das obras naquela época se baseava em mitologias ou histórias religiosas. Mas Mozart sempre buscava assuntos contemporâneos, do dia a dia.

Outra característica do compositor era na abordagem de suas histórias, tendo em algumas de suas óperas uma crítica a sociedade da época. A crítica social era uma das marcas de suas composições.

O maestro Fabio Mechetti, regente titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, diz que Mozart é seu compositor favorito, porque nas composições do austríaco “é difícil encontrar uma nota desperdiçada, alguma coisa que não faça sentido”. Você pode conferir a entrevista do maestro, dada ao programa Harmonia, da Rede Minas, no vídeo abaixo:

É muito difícil definir ou tentar ilustrar a genialidade de um compositor como esse em apenas um texto, sem deixá-lo gigante, ou sem cometer equívocos ao deixar passar algum detalhe.

Mozart é citado por muitos músicos como um compositor quase perfeito, e sua produção operística deixa isso bem claro. Um gênio, que deve ser reconhecido e uma obra que tem que ser compartilhada. Abaixo você verá uma lista de grandes obras desse grande compositor:

As Bodas de Fígaro – 1786

Don Giovanni – 1787

Così fan tutte – 1790

A Flauta Mágica – 1791

https://youtu.be/02u4Jf_aNPI

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Sobre o Autor

CLOVIS-RIBEIRO
Clóvis Ribeiro
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Produtor, repórter e apresentador do programa Harmonia, da Rede Minas.