Studio One 4, da PreSonus

Novo conteúdo, novos instrumentos virtuais e novas maneiras de criar canções com rapidez

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Nos dias atuais, o Studio One já perdeu sua imagem de caçula da turma e agora é um produto bem estabelecido e um membro respeitado do panteão DAW. Ao longo dos anos desde que o Studio One foi lançado em 2009, as novas versões adicionaram gradualmente os recursos solicitados pelos usuários de alto nível, e a PreSonus foi responsável por estabelecer pelo menos uma especificação que foi adotada por seus concorrentes: Audio Random Access (ARA), que permite o acesso a programas como o Celemony Melodyne, que geralmente processa o áudio offline, para que ele possa abrir dentro de uma DAW propiciando um fluxo de trabalho fluido sem interrupções.

A chegada do Studio One 4 trouxe novas ferramentas e novos fluxos de trabalho com o potencial de apresentar essa DAW a um novo grupo de usuários. Fiquei empolgado com os novos recursos do Studio One 4 e ansioso para compartilhá-los com os leitores, mas eles têm profundidade suficiente para valer pelo menos mais uma coluna além desta. Com isso em mente, aqui está uma descrição rápida e as primeiras impressões de novidades na versão 4.

Para quem é o Studio One 4?

Até agora, o Studio One sempre seguiu a linha “gravação linear e criação de músicas” como forma de trabalhar no DAW. Embora antes já tenha havido algumas adições que sugerem ser possível trabalhar em uma canção baseada em padrões (notadamente Arrange Track, Scratch Pads e Info View na versão 3), a abordagem linear do aplicativo basicamente permaneceu intacta. Isso é ótimo para usuários que trabalham no método tradicional de gravar uma tomada de cada vez, mas não é ideal para pessoas que gostam de criar músicas em blocos e padrões, através de beats e progressões de maneira não linear.

O Studio One 4 não muda sua abordagem para a criação de canções, mas há muitas ferramentas criadas para outras maneiras de construir as pistas. A maioria das novas ferramentas nesta versão visa simplificar o processo de desenvolvimento de músicas para quem compõe com base em beats. Eles são cuidadosamente adicionados de maneira modular sem afetar os fundamentos do aplicativo de áudio, para que as pessoas que preferem a abordagem linear não sejam incomodadas. É fácil fazer experiências com os novos recursos, e muitos deles também serão úteis para compositores mais convencionais.

Chord Track

O Chord Track é provavelmente a maior novidade para usuários que queiram experimentar harmonias e estruturas de músicas, mas que não tenham um grande domínio da teoria musical. A ideia básica é simples: tal qual a Arranger Track, é uma faixa separada que percorre toda a música e contém informações sobre a estrutura da música mas, ao contrário da Arranger Track, que existe principalmente para reorganizar e codificar por cores o áudio e o MIDI existentes, o Chord Track permite que você mude sua música diretamente e na hora.

Você pode criar uma progressão de acordes de várias maneiras: inserindo manualmente os acordes na linha do tempo, tocando-os em um teclado externo ou enviando o Chord Selector para uma faixa existente e fazendo com que ele mesmo reconheça os acordes automaticamente. Isso pode ser feito a partir de Instrument Tracks ou Parts (MIDI), ou mesmo de uma faixa de áudio.

Depois que sua faixa de acordes é preenchida, você pode optar por ter algumas ou todas as faixas conectadas a ela. Tanto o MIDI quanto o áudio são transpostos automaticamente, para que você possa ouvir como sua música soaria em diversas progressões. Esse processo, chamado Harmonic Editing, não é 100% perfeito, pode se confundir com algumas melodias e métodos mais simples podem remover algumas notas da maneira correta. Você terá que experimentar para obter os melhores resultados, mas é uma ferramenta muito boa para testar rapidamente novas progressões de acordes sem ter que registrar tudo novamente.

A PreSonus e o Celemony lançaram o ARA 2.0, que pode ser integrado ao processo de edição harmônica e, assim, oferecer ainda mais controle. No entanto, mesmo de um modo mais básico, o Chord Track é muito divertido para trabalhar com harmonias.

Impact XT e Sample One XT

Dois dos instrumentos incorporados no Studio One foram massivamente atualizados na versão 4. Impact, a bateria eletrônica ao estilo MPC do programa, foi substituída pela mais impactante ImpactXT e o reprodutor de samples básico Sample One recebeu uma atualização tão extensa que é quase irreconhecível. O Impact XT agora oferece oito bancos de 16 pads cada, que podem ser preenchidos com amostras do Browser ou com o áudio de outra parte de uma música (Song). Você pode definir um intervalo de tempo em Arrange View e arrastá-lo para um pad, que salva automaticamente o áudio como um arquivo separado para reutilização posterior. Você pode arrastar loops e ativá-los com um pad (com time stretching automático para se alinhar com o andamento da música). Os samples podem ser sobrepostos, receber loop, inversão, transposição e processamento com novos filtros com overdrive / saturação, além de rotamento para até 32 buses de saída diferentes para processamento separado e criação de stems. Há também um novo Sound Set, com quase 2 GB de samples e loops.

O Sample One XT agora é um sampler completo com uma nova página Record que permite samplear fontes externas de áudio ou de qualquer outro lugar da música.Os samples podem ser editados extensivamente agora, com mais recursos do que posso mencionar em um pequeno artigo, com muitas das mesmas opções encontradas no Impact XT, além de muitos modos de loop e um conjunto sólido de capacidades deenvelope e modulação do tipo sintetizador.

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Padrões

Como usuário do sequenciador da velha escola, fiquei encantado ao experimentar o novo Patterns no Studio One 4. O Editor de padrões parece um step sequencer (baseado em cliques) convencional (existem versões de teclado e percussão), mas oferece uma grande quantidade de recursos para expandir seu alcance. É possível configurar diferentes tamanhos de steps, quantização e duração de loops para cada tom, atribuir mensagens de controle MIDI a curvas ao longo do step range, ajustar o swing e as probabilidades de cada step, repetições para efeitos de stutter/ratchets e muito mais.

Cada patern pode armazenar múltiplas variações que são facilmente selecionáveis e podem ser arrastadas de uma trilha para outra. Descobri, por acidente, que você pode até colocar um padrão logo acima de uma faixa de instrumento existente, o que permite lançar automated flourishes para partes reproduzidas à mão, algo extremamente bom. É ótimo poder ter esse nível de controle sem sair do Studio One, e o Patterns manterá muitos tipos de criativos em atividade sem precisar trocar de DAW.

Mais

Essas são as grandes adições, mas há muito mais recursos e configurações no Studio One 4. A lista começa com a importação / exportação de arquivos AAF para compartilhar com outras DAWs, um novo editor de bateria, criação de macro aprimorada, melhor integração com o software notação Notion da PreSonus, e não para por aí.

Analisaremos esses novos recursos em edições futuras, mas, enquanto isso, vale a pena explorar o Studio One 4. Se você já é usuário do Studio One, encontrará muitas vantagens na nova versão, e os processos criativos familiares serão aprimorados sempre que você desejar. Se você é novo no Studio One e estava pensando se seria bom para um produtor não linear, recomendo que você experimente. Ele irá surpreendê-lo.

Preço

Interessado no Studio One? Visite o site da Presonus aqui.

Mike Metlay

Originalmente publicado na revista Músico Pro – Traduzido e publicado por Musicosmos com autorização de ©Music Maker Publications, Inc. – Todos os direitos reservados. All rights reserved. Visit musicopro.com


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