Violão Tramontane T270 ASCE, da LÂG

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Violão LÂG Tramontane T270 ASCE

Após testarmos o violão acústico Lag Tramontane T98D, vamos agora conhecer um violão projetado para ser amplificado, o T270 ASCE, com um atraente formato slim auditorium cutaway. Ou seja, ele tem uma largura reduzida (cerca de 8 cm no ponto mais largo) e tem recorte para acesso às casas mais agudas (cutaway). A série também inclui instrumentos parlor e dreadnought.

O tampo do Tramontane T270 ASCE é feito de abeto Engelmann sólido de qualidade AA com acabamento acetinado.

As laterais e o fundo são laminados com a camada externa em Snakewood, uma madeira mexicana com uma aparência muito variada; esteticamente me lembra um pouco uma oliveira em uma versão mais escura. O fundo do violão T270 é feito em duas placas laminadas colocadas lado a lado. O acabamento deixa os veios da madeira abertos, o que eu pessoalmente aprecio muito para fins sonoros.

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Examinando o interior, nota-se uma construção tão precisa quanto a do violão T98D, mesmo havendo pequenas manchas de cola. O braço é feito em mogno Khaya, assim como o headstock e o tróculo, unido ao corpo na altura do décimo quarto traste – o acabamento do braço é acetinado.

O perfil do braço é fino, sem exageros, mas entende-se que este é um braço no qual qualquer guitarrista ficará a vontade. Os trastes são acabados de maneira aceitável, mas poderia ser um pouco melhor nas extremidades. A ação é boa na regulagem de fábrica, assim como a altura da pestana. A entonação das oitavas das cordas mi e si ficaram ligeiramente acima do ideal.

Quanto ao restante, eu repetiria o que já foi dito no review do violão Tramontane T98D: o mesmo uso de Brownwood tratado para ponte, escala e frente do headstock. As mesmas belas tarraxas com operação suave e precisa, o mesmo tensor acessível a partir da boca do violão, o mesmo rastilho compensado, a mesma escala de 650 mm, as mesmas cordas D’Addario 0.012 a 0.053.

Há ainda um filete simples ao redor do fundo, que protege e esconde a emenda.

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Fishman INK3

Uma boa diferença entre os modelos que testamos está na pré-amplificação deste Lâg, confiada a um sistema Fishman Ink3 instalado na lateral superior. O captador piezoelétrico utilizado é o modelo Sonicore.

Os controles estão bem localizados na placa instalada na lateral e consistem em volume, graves, médios e agudos. Há também um afinador cromático push-push que, se ativado, silencia a guitarra. Um LED muito pequeno sinaliza quando a bateria de 9 V está com carga baixa.

Os botões não são elevados em relação à superfície da placa, mas há um relevo suficiente para permitir o manuseio – ainda que com alguma dificuldade. Na lateral inferior encontramos, no local habitual, o jack e o compartimento da bateria, cuja duração é de 90 horas.

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Sonoridade acústica

Bem, poucos violões de qualquer marca são tão confortáveis ​​e amigáveis ​​logo à primeira vista. Pequeno, compacto e leve: 1,910 kg – mesmo com toda a eletrônica!

A sensação é de ter uma guitarra elétrica semi-acústico em seus braços, muito em virtude do conjunto braço/escala confortável e veloz. De fato, em um primeiro momento, eu me pego tentando tocar jazz, fusion e world music com o T270 ASCE. Então me lembro que é um slim auditorium e tento alguns arpejos, tanto com os dedos quanto com palheta.

O som é direto, com ataque rápido, sente-se que o abeto é selecionado e que melhorará com o tempo. Todas as frequências sonoras são bem reproduzidas, com as fundamentais claras e muito presentes – em detrimento dos harmônicos, especialmente nas cordas graves.

O timbre típico deste tipo de formato é confirmado pelos graves contidos, médios redondos e bem pronunciados, agudos medianos, mesmo que as cordas padrão pareçam favorecer precisamente a faixa média-alta.

O sustain não é excelente, mas também é preciso dizer que o instrumento é novo em folha e tem tudo para melhorar com o tempo. Também deve ser dito que essas características são perfeitas para uso eletrificado!

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A prova elétrica

Justamente para este propósito temos um amplificador valvulado Nouglian para guitarra elétrica com um canal dedicado a instrumentos acústicos. A combinação do amplificador com nosso Tramontane mostra que as condições para um uso que não é exatamente “acústico” estão lá: jazz e blues estão ao alcance do EQ paramétrico (do amplificador).

Temos também um amplificador Roland Acoustic Chorus. Após encontrar a regulagem ideal no amplificador, percebemos o quão completo e eficientes são os controles do sistema Fishman Ink a bordo. Temíamos pela ausência de dispositivos anti-feedback, mas parece que o T270 ASCE é estruturalmente resistente a este fenômeno físico irritante, projetado para soar melhor na presença de amplificação. Isso nos faz perdoar uma certa pobreza harmônica da sonoridade acústica.

O violão Lâg T270 ASCE é um violão muito versátil, como já dissemos. É fácil se apaixonar por ele, já que não precisamos deixar de tocar o que queremos, do country ao fingerstyle, jazz manouche, blues acústico e mesmo um pop genérico com arpejos.

Tocar com batidas fortes sempre soa sob controle. Solar em alta velocidade o faz sonhar com o lendário trio acústico do show Friday Night in São Francisco (Philips Records, 1981).

Talvez apenas um country em flat-style não pareça estar entre suas melhores características, talvez porque se trate de um violão europeu e não possua o “espírito” de um violão americano.

Este T270 ASCE é no mínimo um convite para experimentar os outros violões elétricos da série Tramontane.

Conclusão

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Eu não gostaria que opiniões tão positivas a respeito dos violões Lâg Tramontane que testamos enganassem os leitores. Especialmente no que se refere ao setup e aos timbres, essas opiniões não são expressas em termos absolutos, mas sempre em relação à concorrência e à faixa de preço dos instrumentos.

Dito isto, esses instrumentos se mostraram um grande passo à frente em comparação com os violões Lâg que eu conheci anos atrás. Tanto no auditorium quanto no dreadnought, aprecia-se o fato de que o timbre muda muito dependendo de onde e como a mão direita toca as cordas.

É notório o mérito do luthier Dupont e também do físico Mamou-Mani, enquanto a construção confiada à mão-de-obra oriental – bem orientada – nos disponibiliza esses instrumentos a preços absolutamente competitivos. Definitivamente vale a pena.

Frabrizio Dadò

Originalmente publicado na revista Axe Guitar Magazine nº 16 – Traduzido e reproduzido por Musicosmos© com autorização de Edizioni Palomino, Rome (Itália) – © Edizioni Palomino – Todos os direitos reservados.