Akai-Force-e-Push-2

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A Akai acaba de apresentar o Force – sua nova estação de trabalho de produção musical standalone. O design é claramente inspirado em controladores de grade estilo 8 × 8 como o Push 2, Launchpad e seu próprio APC-40.

A grande questão é: do que se abre mão na escolha entre o Force e um combo de controlador/computador como Push 2? Você pode pensar que seria apenas questão de interface, mas a maioria das diferenças materiais derivam do fato de que a Akai decidiu basear o Force em um conjunto de SO/hardware proprietário, o que significa que não é possível executar programas comuns de Windows ou Mac.

Mas e então, quais são as diferenças? Qual é melhor para você? Este vídeo tenta ajudá-los e, se você preferir ler, os destaques estão escritos abaixo (NT: o vídeo é narrado em inglês, mas a leitura deste texto pode ajudar sua compreensão, caso tenha dificuldades com o idioma). Note que a comparação é entre o que o Push 2 pode fazer como um controlador versus o que o Force pode fazer. A comparação não inclui o que pode ser feito no Ableton Live usando um mouse e teclado.

Suporte a Plugins

Na minha opinião, a coisa mais importante que você precisa considerar é se você está disposto a se limitar aos quatro plugins integrados e 60 ou mais efeitos de fábrica no Akai Force. O Force não suporta o padrão VST, portanto, os únicos plug-ins que você poderá executar são aqueles fornecidos com ele ou aqueles que a Akai permitir executar no futuro. O Ableton Push, por outro lado, suporta o padrão VST/AU, o que significa que ele pode executar qualquer plug-in de terceiros que exista.

O Force tem uma interessante função de auto-sampling ou multi-sampling, que irá tocar e samplear uma nota de instrumento externo nota por nota (com até 4 níveis de velocidade), que pode servir como uma solução para sua incapacidade de suportar plugins ou seu relativamente pequeno número de entradas de áudio.

Limites de faixas e efeitos

O Push 2 suporta um número ilimitado de faixas e insert de efeitos. O Force está limitado a 8 faixas de áudio estéreo e 8 faixas de plugin. No entanto, o Force pode adicionar mais de 128 pads de percussão e instrumentos sampleados.

No lado dos efeitos, o Force está limitado a 4 slots de efeitos por faixa/send/master, enquanto o Push 2 não tem esses limites.

Controles de tela

O Force tem uma tela sensível ao toque de 7 polegadas, enquanto o Push 2 (e o Maschine MK3) têm botões físicos com várias funções descritas em etiquetas. Botões físicos são sempre mais fáceis de usar; no entanto, uma tela sensível ao toque permite mais versatilidade. A tela sensível ao toque do Force parece bastante responsiva, embora não seja tão responsiva quanto as telas de celulares modernos.

Conectividade

O Akai Force atualmente não suporta expansão com interfaces de áudio compatíveis, o que significa que você está limitado às opções on-board. Estas incluem apenas uma entrada estéreo ou duas entradas mono e duas saídas estéreo (main e cue). O Force também possui saídas mini MIDI in, out e thru, e 4 saídas CV, bem como duas portas USB master e uma slave. O Force suporta WIFI e Bluetooth, bem como o Ableton Link através de uma conexão ethernet.

O Push 2 possui apenas duas entradas de foot-switch, mas é virtualmente infinitamente expansível com uma ampla gama de interfaces de áudio, conversores MIDI para CV e assim por diante.

Modos Pad

Tanto o Push 2 quanto o Akai Force têm vários layouts de pads para iniciar clipes, tocar notas, acordes e sequenciamento. Estes mais bem explicados em forma de vídeo, então confira o vídeo para ter todos os detalhes. Eu também abordei os diferentes modos de pad no Push 2, assim como o Maschine MK3 em detalhes no vídeo linkado aqui: https://youtu.be/8I_TnRZcHpg.

Track Crossfading

Tanto Push 2 quanto o Force suportam a atribuição de faixas para diferentes canais de áudio e crossfading entre elas. O Push 2, assim como o Maschine MK3, suporta bloqueio e morphing entre múltiplos valores de parâmetros.

Samplear e fatiar

Tanto o Push 2 quanto o Force possuem suporte abrangente para sampling e recorte/fatiamento. A tela sensível ao toque do Force permite mais funcionalidade em termos de realocação de fatias, como pode ser visto no vídeo.

Live Looping

O Force tem apenas um looper (e onze conjuntos de entradas de áudio), enquanto o Push 2 permite um número ilimitado de loops se um flexível looping ao vivo for importante para você.

Controle de expressão

O Push 2 tem um controle deslizante que pode funcionar como pitch bend ou mod wheel. O touch screen do Force pode funcionar como um controlador XY estilo “Kaoss-pad“.

Arranjo

O Force não tem atualmente um modo de “canção” ou “arranjo” – você pode, obviamente, mover de uma linha para outra na grade manualmente. O Push 2 é realmente muito semelhante. Embora o Ableton Live tenha, obviamente, um modo de arranjo linear e você possa usar o Push 2 para performar ao vivo, não há como reorganizar o arranjo no Push 2 depois que ele foi executado.

Resumo

O Akai Force dá ao Push 2 uma boa disputa pelo seu dinheiro, especialmente considerando que esta é apenas a versão 1.0. A principal limitação do Force, na minha opinião, é o fato de que ele não está aberto a plugins de terceiros – deixando você limitado aos efeitos e plugins no estoque. Sem suporte a interface de áudio, você também está limitado ao número de entradas e saídas incorporadas. O limite de 8 trilhas de áudio e plugin do Force pode parecer uma limitação, embora com a disponibilidade de adição de faixas de samples de bateria e teclado, a maioria das limitações provavelmente pode ser superada.


Traduzido e publicado com a permissão de Loopop. Todos os direitos reservados. Confira seu livro “Electronic Music Ideas, Tips and Tricks” em http://www.patreon.com/loopop. Todos os direitos reservados. Visite o canal do YouTube aqui.

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