Guitarra Ibanez JIVA10 Nita Strauss Signature: leia o review

Os anos 80 nos deram uma verdadeira heroína da guitarra na forma de Jennifer Batten, cujas habilidades afiadas a mantiveram altamente ocupada acompanhando estrelas do pop e rock no palco e em estúdio por mais de duas décadas. Os anos 2000 nos trouxeram Orianthi, e nos anos 2010… o título de nova Alta Sacerdotisa do Rock vai para Nita Strauss, que chamou atenção do mundo pela primeira vez com The Iron Maidens, uma renomada banda de tributo ao Iron Maiden, só com mulheres. Depois, Nita Strauss ganhou destaque nos palcos quando substituiu Orianthi como guitarrista da lenda do hard rock, Alice Cooper (Orianthi deixou a banda para fazer uma turnê com Michael Jackson). E se isso tudo não for suficiente para você, considere que ela é, de verdade, descendente do lendário compositor austríaco Johann Strauss II.

Parece apropriado que esta shredder, que toca guitarras Ibanez há anos, tenha sido a primeira artista feminina Ibanez a ganhar sua própria guitarra signature em um modelo de produção. Ela sabe muito bem o que faz uma ótima guitarra de rock, já que a JIVA10 é baseada na série S, uma das favoritas de músicos de fusion e rock desde que Frank Gambale popularizou essa linha tocando com a Elektric Band de Chick Corea – quando Nita era apenas uma criança.

Esta é uma guitarra simples com linhas elegantes, detalhes de hardware leves e sólidos – e um braço confortável. Continue lendo para descobrir se a JIVA10 foi ou não imbuída de uma força vital própria.

Categoria	Peso	Nota
Recursos	20%
Usabilidade	25%
Timbres	25%
Documentação	10%
Preço	20%

Características

A guitarra Ibanez JIVA10 é um instrumento lindo de se ver, com um tom verde muito sutil no acabamento Deep Space Blonde da guitarra, e a pintura levemente translúcida deixa o granulado da madeira aparecer. Os corpos das guitarras Ibanez Série S são finos e torneados, e este apresenta um tampo de quilted maple em um corpo de mogno sólido com belos frisos nas bordas superiores.

Muitos músicos adoram a combinação de mogno com um corpo leve, graças à forma como a guitarra é fina em torno do bloco central. Esta guitarra pesa pouco menos de 3,20Kg.

A Ibanez JIVA10 apresenta uma familiar configuração de captadores HSH, neste caso três captadores DiMarzio montados diretamente sobre o tampo: o humbucker Pandemonium Nita Strauss Signature, o single coil True Velvet na posição do meio e outro Pandemonium no braço.

Todos os captadores são passivos, com ímãs de cerâmica nos captadores Pandemonium e um ímã de alnico no True Velvet. Um switch padrão de cinco posições da Ibanez fornece as combinações usuais, e há um controle de Volume e um Tone.

A ponte de travamento duplo é uma Ibanez Edge-Zero II. Ela apresenta uma alavanca pop-in com travamento de rosca para fácil posicionamento da alavanca (fixa ou solta), mas este sistema não possui o ZPS3 Zero Point System que muitos modelos Ibanez anteriores incluíam.

O braço da JIVA é de três peças laminadas em maple e roxinho, com uma escala de ébano adornada com os inlays “Beaten Path” de Nita Strauss. Esses marcadores lembram impulsos elétricos ou batimentos cardíacos em um monitor, apenas porque – de acordo com o hinduísmo – um jiva é qualquer “entidade imbuída de força vital”.

Não tão fino quanto um braço Wizard, esta escala de 25,5″ tem 43 mm de largura na pestana e 58 mm de largura no 24º traste, com raio de 400 mm (15,75 polegadas). Dada a massa ligeiramente maior deste braço, não há saliências de madeira para reforço no ponto de junção indo além da escala da guitarra, como nos braços Wizard. O braço da JIVA tem trastes jumbo e marcadores de pontos luminescentes ao longo da borda superior da escala.

Usabilidade

A guitarra fabricada na Indonésia parece semelhante em qualidade de construção a outros instrumentos da série Ibanez Premium que analisamos anteriormente, como a RG1070PBZ e a JEM77P. A combinação de peso leve, braço fino (mas não muito fino) e cordas de calibre 0.009 tornam a JIVA10 uma guitarra extremamente confortável para ser tocada por horas ou dias.

Ao contrário das outras guitarras Ibanez mencionadas acima, cada uma com os braços superfinos da série Wizard, o braço um pouco mais robusto da JIVA10 agradará a músicos de rock que gostam de fritar, mas preferem um pouco mais de massa sob a mão. O acabamento fosco do braço é suave ao toque e nunca fica grudento.

A escala da guitarra é bastante plana, algo típico da Ibanez. Isso em combinação com os trastes gigantescos torna o tapping e os bends uma delícia. E a ponte Edge-Zero II (a mesma encontrada na JEM77P) é uma alegria de usar. A falta de um sistema ZPS3 – que é ótimo para alcançar o posicionamento perfeito da ponte de volta após os bends – na verdade contribui para um melhor uso geral facilitando a criação de efeitos de vibrato intencionais. Não tivemos problemas com a estabilidade de afinação, o que é esperado, já que as pontes de travamento duplo da Ibanez são conhecidas por sua estabilidade.

Os botões de Volume e Tone e a chave de cinco posições funcionam conforme o esperado, com uma resistência adequada para ondulações suaves clássicas, caso haja necessidade. Os corpos da série S são bem balanceados, e o corpo fino e esculpido é confortável para tocar por horas a fio.

Sons

Nós nos divertimos muito tocando a guitarra Ibanez JIVA10 Nita Strauss Signature em diversos amplificadores diferentes, incluindo um Engl Powerball II, Hughes & Kettner Grandmeister Deluxe 40 e um Laney Ironheart.

A JIVA10 está cheia dos timbres mais conhecidos da série S, graças ao corpo de mogno sólido complementado pelos captadores DiMarzio, que com certeza farão muitos guitarristas felizes, independentemente de seu desejo de tocar os sucessos do Iron Maiden ou do Alice Cooper.

Usuários de guitarras Ibanez mais velhos como nós cresceram com as guitarras da série S, primeiramente com captadores da marca IBZ projetados por DiMarzio, e passamos anos trocando os pickups – sendo que um dos favoritos para a série S sempre foi o DiMarzio Tone Zone. Mas se esse é o som que você pensa quando se trata da série S, fique atento, porque os captadores signature de Nita Strauss são significativamente mais quentes e voltados para o metal do que as opções antigas.

Focando primeiro nos timbres limpos, esta guitarra tem um som fantástico e cheio de vida! As guitarras da série S sempre entregaram sons brilhantes e funky, e a JIVA10 mantém essa tradição nas posições 2 e 4 de bobinas divididas. Se você estiver tocando em uma banda cover que apresente algum clássico da era disco, você vai adorar o timbre ultra-clean brilhante e amadeirado.

Quando você aumenta o ganho, descobre que os captadores Pandemonium de Nita são extremamente quentes – tão quentes que viramos a guitarra procurando por um compartimento de bateria, supondo que eles pudessem ser ativos. Eles ficam bem no limite de rachar o som limpo do amplificador, no entanto, com o nível de médios mais pronunciado do que outros captadores normalmente encontrados em guitarras da série S ou RG, como DiMarzio Crunch Lab, D Sonic, Steve’s Special ou Tone Zone. O captador da ponte tem saída mais quente do que todos os citados anteriormente.

Se você gosta de brincar com a alavanca e de soltar alguns harmônicos com tapping, o captador Pandemonium da ponte em particular faz jus ao seu nome. É facilmente excitável e capaz de perfurar tímpanos enquanto você frita na escala desta Ibanez envenenada.

Os músicos de rock clássico, entretanto, podem achar esses captadores excessivamente ardidos e um pouco ásperos.

O captador DiMarzio True Velvet single-coil é uma escolha popular de posição intermediária, e é a resposta de graves suaves e agudos brilhantes deste captador que o tornam um complemento perfeito para os captadores de ponte e braço, para obter aqueles fantásticos sons intermediários. Sozinho, o captador emite um pouco do típico zumbido de bobina única, que é completamente cancelado nas posições 2 e 4.

Para guitarristas que gostam de solar com o captador da posição do braço, o Pandemonium tem menos saída do que o modelo da ponte e uma resposta mais suave, mas teríamos que pensar bem antes de chamar seu timbre de cremoso ou suave.

O captador Pandemonium é claramente feito para rock e metal de alto ganho, e se você for um shredder, a natureza agressiva desses captadores vai se adequar ao seu toque. Mas para timbres de hard rock e metal mais clássicos, consideraríamos trocá-los por DiMarzios de saída um pouco mais baixa.

Valeria a pena o esforço com esta guitarra porque em tudo o mais a JIVA10 de Nita Strauss é perfeita para músicos de rock que precisam de uma guitarra rápida, porém confortável e versátil.

Documentação e Suporte

A Ibanez inclui um manual de instruções multilíngue que fornece detalhes sobre cuidados e manutenção, ajuste da ponte e troca de cordas. O site da Ibanez também está cheio de vídeos úteis e informações detalhadas sobre o produto.

Saiba mais aqui.

Preço

A guitarra Ibanez JIVA10 Nita Strauss é vendida por aproximadamente US$ 1.500,00 (nos EUA). Quer os captadores se adequem ao seu estilo ou não, é uma guitarra fantástica cheia de sons muito bons, possui um braço um pouco mais grosso do que você encontra em guitarras Ibanez S-series topo de linha, e as marcações e pintura da escala da guitarra, definitivamente, dão um caráter especial muito particular.

Scott Kahn, leia o artigo original

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