Pedal Fender Full Moon Distortion

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Nos últimos anos, a Fender parece ter levado a sério a missão de apresentar uma linha de pedais ambiciosa, capaz de se destacar em um mercado absolutamente saturado de nomes tradicionais e marcas menores do tipo boutique, ou quase isso, que proliferaram em todo o mundo. Tanto é que fica praticamente impossível estar em dia com as novidades.

Bem, a marca americana decidiu que quer fincar o pé neste mercado e não entrar e sair, como já fizeram antes. Para realizar essa tarefa, a Fender decidiu contratar Stan Cotey como vice-presidente de inovação de produtos e, sob o lema “viemos para ficar”, eles apresentaram em 2018 uma série de 6 pedais projetados pelo próprio Cotey, exceto por um overdrive, o Santa Ana, que ficou sob responsabilidade de Alex Aguilar, da Aguilar Amplification.

Após uma boa aceitação inicial, foram lançados mais alguns modelos para expandir a linha, entre eles o pedal Fender Full Moon Distortion, cujo nome já deixa claro do que se trata.

Construção e controles do pedal Fender Full Moon Distortion

O Full Moon tem todos os recursos comuns a essa linha de pedais Fender, como as cores modernas e elegantes do seu exterior ou o gabinete de alumínio anodizado robusto, resistente e leve. Os pedais têm uma porta de acesso ao compartimento de bateria (9V) com fecho magnético (para possibilitar uma substituição rápida da bateria) e botões de regulagem com LEDs de iluminação super intensos que podem ser desativados em um miniswitch na parte superior, para evitar o consumo de bateria, se for necessário.

O Full Moon é um pedal de distorção de alto ganho com muitas opções para criar seu som, e seu circuito é completamente original.

Vejamos os controles. Da esquerda para a direita temos uma linha de potenciômetros para equalização: um botão HI-TREB que modela as frequências mais altas e, ao lado, os controles tradicionais de agudos, médios e graves.

LEVEL controla o nível geral de volume e o BOOST gerencia o volume do booster, quando este for ativado. Temos também o botão GAIN para ajustar a quantidade de distorção ou saturação que queremos.

Para finalizar os controles, encontramos dois seletores toogles, o TEXTURE para escolher clipping simétrico ou assimétrico e o BITE que seleciona o nível de ataque.

O footswitch BOOST dá um empurrão de até 12dB e não é independente, ou seja, não funciona quando o pedal está em bypass. E o footswitch BYPASS executa a função que seu nome indica.

Sonoridade e conclusões

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O uso dos controles do Full Moon é muito instintivo, por isso é bastante simples obter os sons que são desejados.

Com o ganho abaixo da metade soa fino, demasiadamente brilhante e um pouco metálico, mas melhora muito quando o ganho é aumentado, o som ganha uma sustentação aveludada, especialmente com agudos e o Hi-Treb regulados baixos.

Os interruptores Texture e Bite fornecem mudanças sutis quando ativados, mas ajudam a moldar o som, o Texture com clipping simétrico soa um pouco mais fino do que com o assimétrico e o Bite dá mais destaque ao ataque da palheta.

O Boost, vindo antes da distorção na cadeia de sinal, faz maravilhas com o timbre do pedal quando o ganho está regulado baixo. Permite obter overdrives naturais, com bastante clareza e uma boa resposta à dinâmica do guitarrista.

Embora a maioria dos pedais de distorção de alto ganho desfrute de compressão generosa, os timbres fornecidos pelo Full Moon favorecem a dinâmica e a articulação, respeitando o toque do artista e garantindo que a guitarra não fique embolada na mix.

Em resumo, o Fender Full Moon Distortion, que é o irmão mais velho do Pugilist, é um pedal de distorção versátil em opções de alto ganho e que, com suas possibilidades de moldar seu próprio som, é difícil não encontrar as sonoridades que você está procurando em um pedal de distorção. Possivelmente, se não houvesse o nome Fender na caixa, poderia estar em uma loja de equipamentos de boutique e com o preço bem mais alto. As coisas são assim.

Will Martin

Sobre o Autor

Cutaway Revista de Guitarras
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Artigo original de Cutaway Revista de Guitarras. Traduzido por Musicosmos e publicado sob licença de ©Cutaway. Todos os direitos reservados.