Review: Captador Fishman Matrix Infinity Mic Blend

Esta é análise de um sistema de captação da Fishman, marca conhecida dos violonistas ao redor do mundo, que permite a instalação sem modificações exageradas em seu instrumento - e oferece ótimas sonoridades.

Fishman
Fotos: Fishman

[su_highlight background=”#f70600″ color=”#ffffff”]Adam Perlmutter, Premier Guitar[/su_highlight]   Se você tocou um violão de melhor qualidade com um captador instalado de fábrica recentemente, há uma boa chance de o transdutor ter sido um Fishman Acoustic Matrix. Nas últimas duas décadas, esse dispositivo escondido sob o rastilho tem sido o mais popular captador de violão acústico no mercado. Guild, Martin e outros fabricantes confiaram em seu design revolucionário – uma única tira piezoelétrica, em vez de cristais individuais para cada corda – para oferecer clareza e uma resposta mais natural em seus instrumentos.

Recentemente nós vimos uma evolução do sistema Matrix e a apresentação do Matrix Infinity VT (apenas o captador por baixo do rastilho) e do Matrix Infinity Mic Blend. Em ambos os casos, os pré-amplificadores foram projetados e, em certa medida re-recalibrados, tendo em mente amplificadores acústicos modernos full-frequency.

O melhor Fishman

Para muitos músicos, o sistema Mic Blend é a grande novidade. Como o nome sugere, ele combina um minimicrofone colocado sob o tampo na boca do violão e um captador sob o rastilho – e posso dizer sem reservas que esse é o melhor sistema Fishman que eu já experimentei até hoje.

Para o teste, a Fishman enviou o Matrix Infinity Mic Blend instalado em um instrumento muito bom – um recente Martin D-18 que tem uma personalidade dominante quando tocado desplugado. (A propósito, o captador de rastilho está disponível em configurações de tamanho largo, estreito ou dividido para acomodar vários tamanhos de rastilho em diferentes violões.)

O D-18 certamente ficou mais pesado que a média por ter os eletrônicos Fishman a bordo. Mas eu realmente gostei do fato de o sistema não requerer modificações desagradáveis no violão. A bateria de 9V do pré-amplificador é instalada discretamente dentro do instrumento por meio de um conector com velcro, e os botões de tone / volume e o controle de blend ficam sob o tampo em lados opostos da boca. O microfone móvel também é instalado sob o tampo próximo à boca, onde sua posição pode ser facilmente reajustada.

Depois de conhecer o Martin sem amplificação, pluguei a um Genzler Acoustic Array usando o jack de 1/4” da Fishman. Eu configurei flat os ajustes de timbre no amplificador e no violão, e o controle de blend do instrumento para o captador de rastilho, apenas. Imediatamente fiquei impressionado com o quão bem a eletrônica Fishman capturou o som saudável do D-18. O equilíbrio entre as cordas era excelente e havia calor e detalhes abundantes.

Elasticidade Natural

Entre o controle de blend, o botão Tone e um comutador de voicing – para não mencionar o microfone de posição ajustável, o Matrix Infinity Mic Blend é impressionantemente flexível em termos de modelagem de som. E adicionando o sinal do microfone, que é uma unidade de condensador cardioide, eu não perdi nada do impacto e da definição do captador, mas adicionei uma ambiência natural distinta.

Apenas ajustar a posição do microfone influenciou o timbre de maneiras interessantes. Arredondou o som quando apontado para o bojo mais estreito do violão e deu uma sonoridade mais cortante quando girada na direção do bojo mais largo. Pode ser um pouco difícil mudar a posição do microfone – se eu esbarrasse meu polegar contra ele, o microfone produzia um “baque” alto através do amplificador. Claro, você pode silenciar seu sinal, mas assim não conseguirá ouvir mudanças em relação à posição do microfone em tempo real, para comparação.

O botão Tone permite moldar os médios de modo muito funcional, e o switch de voicing ativa um tipo de reforço de graves. Os graves do D-18 foram satisfatórios o suficiente sem utilizar este controle, mas é fácil ver como seria um verdadeiro trunfo para um violão de corpo menor, como um parlor ou mesmo um OM, que poderia precisar de uma ajudinha com os baixos.

Embora todas essas opções sonoras fossem ótimas, eu normalmente deixei ajustado o controle de blend para partes iguais do captador de rastilho e microfone. No processo, muitas vezes esqueci que estava usando amplificação. A apresentação natural do som do D-18 foi sempre muito vívida. Sendo o violão palhetado ou dedilhado, em afinação padrão ou aberta, soou notavelmente realista. Não surpreendentemente, o Matrix Infinity Mic Blend combinou bem com os efeitos de reverb e chorus do amplificador. O sistema também é bastante silencioso e relativamente imune ao feedback.

O veredito

Por US$ 299 nos EUA (mais a instalação, se você não fizer isso sozinho), o Matrix Infinity Mic Blend da Fishman não é a solução de amplificação acústica mais barata. Mas para qualquer músico em busca de um som verdadeiramente natural a partir das cordas de aço, os timbres orgânicos e flexíveis do Matrix Infinity Mic Blend – e seu poder de modelar o timbre – merecem séria consideração.


Artigo originalmente publicado em Premier Guitar, traduzido e publicado por Musicosmos sob licença de ©Premier Guitar. Todos os direitos reservados. All rights reserved. Visit www.premierguitar.com

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