Leitura para guitarristas

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Para uma boa  parte dos guitarristas, o estudo de leitura de partitura é intensificado somente no período preparatório para os vestibulares das faculdades de música, ao contrário de outros instrumentos que usam a notação no pentagrama desde as primeiras aulas. A leitura pautada na guitarra parece ser uma necessidade profissional apenas os integrantes de big bands ou músicos que trabalham em estúdios de gravação.

Dificuldade na leitura

O fato de poder existir uma nota na mesma altura ou oitava em regiões diferentes no braço do instrumento, obriga o guitarrista a posicionar-se ou escolher a digitação antes de dar início à leitura da partitura. Veja no exemplo abaixo as quatros regiões do braço em que a nota sol na segunda linha do pentagrama (nota que abre a clave de sol) pode ser encontrada com o auxílio da tablatura.

No ensino de harmonia, o guitarrista iniciante assimila os acordes como “posições” estabelecidas representadas pelas cifras, notação também utilizada por outros instrumentos. A praticidade da leitura de cifras é inegável, porém, no caso das seis cordas, a dificuldade em se visualizar vertical e horizontalmente a distribuição das notas não favorece o entendimento da formação dos acordes logo nas primeiras aulas.

Tablatura x Partitura

A tablatura é um sistema onde as linhas representam as cordas do instrumento. Os números a serem registrados nas linhas ou cordas são as casas no braço onde o dedo do intérprete deve ser posicionado.

Dotada de um entendimento muito mais simples do que a partitura, a tablatura é um recurso cada vez mais usado no ensino dos instrumentos de corda, sobretudo nos dias de hoje quando a velocidade de informação é cada vez maior deixando de lado a importância da formação em geral.

O fato da tablatura ser apenas um localizador das notas na região do braço auxilia a execução apenas de músicas de conhecimento próprio do músico pois não existe o registro de ritmo ou duração das notas. Já a partitura ou pentagrama é um sistema de notação muito mais completo que permite a execução de qualquer música inclusive por outros instrumentos. Além disso, o músico compositor e arranjador que necessita de outros instrumentistas para a reprodução de sua obra, encontra na escrita pautada um recurso bastante prático  graças à existência de ótimos softwares de escrita.


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Sobre o Autor

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Gabi Gonzalez
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Natural da cidade de São Paulo, Gabi Gonzalez é guitarrista e mestranda em música pela UNICAMP. Formada em guitarra pela antiga ULM "Tom Jobim" (atual EMESP), é pós-graduada em Educação Musical pela FIC e em Música Popular pela FACCAMP. Graduada e licenciada em História pela USP. Desde 2001 trabalha como guitarrista profissional tocando em diversos projetos de diferentes estilos como Jazz, Blues, Rock, Hip Hop e etc. Atualmente é guitarrista da Jazzmin’s Big Band. Influenciada pelo seu professor Olmir Stocker, começou a compor seus próprios temas instrumentais com forte influência de ritmos brasileiros. Seu primeiro disco autoral instrumental, Morro do Eixo, foi lançado em 2012 no Instrumental Sesc Brasil (Sesc Consolação) . Em 2017, gravou seu segundo disco Com Elas com o grupo feminino Elas Quarteto. É professora de guitarra e violão e pesquisadora na área de musicologia.

1 COMENTÁRIO

  1. Antigamente eu usava um outro sistema, um tipo de tablatura. A gente colocava números para cada nota da partitura para identificar em qual casa era aquela nota, algo assim. Nem me lembro direito como funcionava. Bons tempos. rs…

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