Umas das novidades mais interessantes apresentadas na feira NAMM (na edição de 2018) nos EUA foi o lançamento dos novos modelos de combos Fender Rumble Stage 800 e Studio 40, carregados até o talo com tecnologias de última geração: conectividade sem fio via wi-fi, atualizações de firmware, controle de Bluetooth, aplicativo Fender Tone para edições de configuração e downloads gratuitos de sons pré-ajustados por artistas famosos da marca.
Escolhemos para este teste o modelo “grande”, considerando-o de maior interesse e versatilidade, já que o “pequeno” Studio 40 é limitado a um uso doméstico, seja para estudo ou para gravação.
Em contraste, o Fender Rumble Stage 800 é um “bicho” respeitável, e poderemos usá-lo tanto ao vivo quanto em estúdios de gravação, e também em ambientes domésticos, se quisermos, com resultados brilhantes e grande versatilidade.
Inspirado na tecnologia dos amplificadores de guitarra mais vendidos da Fender, a série Mustang, o Rumble Stage 800 é uma prova convincente de que você não precisa de um “amplificador geladeira”, como normalmente chamamos os equipamentos tradicionais maiores que estamos acostumados a ver nos grandes palcos, a fim de ter um som grande e poderoso.
Tecnologia digital
O digital está há muito tempo presente em nossas vidas, irremediavelmente. E a amplificação de baixos não ia ficar no passado.
A inspiração para este combo é muito clara: dar ao baixista toda a tecnologia disponível hoje para que você possa criar seus próprios sons, começando com 15 modelos de amplificadores famosos da história, desde os modelos Bassman 59 até equipamentos monstruosos dos anos 60 e 70, e incluindo 40 efeitos (nada menos!).
Vamos ver abaixo o compêndio esmagador de possibilidades tecnológicas e benefícios para o usuário. Em princípio, começamos com a capacidade para 200 sons predefinidos, dos quais 100 são pré-definidos na fábrica. São presets de todos os estilos musicais e são configurados por artistas contratados pela marca para isso.
O controle e gerenciamento de todos esses programas e suas edições é feito através de uma tela colorida e uma interface de usuário muito intuitiva.
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A conectividade é outro dos seus pontos fortes, já que inclui recursos sem precedentes até hoje em um amplificador de baixo. O primeiro lugar, conexão wi-fi, que nos permite acessar os sons predefinidos criados pelos artistas da Fender, bem como baixar o firmware mais recente para ter sempre o equipamento atualizado ou compartilhar nossos próprios sons com outros usuários.
Bluetooth é outra possibilidade de conectividade, focada principalmente em duas ações: reproduzir música de uma fonte com Bluetooth (um smartphone ou tablet, por exemplo) através do amplificador e personalizar presets remotamente a partir desses dispositivos inteligentes, graças ao Tone App da Fender.
E para completar, um looper de 60 segundos, perfeito para empilhar sons em performances solo ou para ensaiar e compor.
Construção e características do Fender Rumble Stage 800
Projetado sob a clássica estética Fender de tela frontal preta, tradicional da marca em várias épocas e bastante predominante ultimamente, e com o painel de controle voltado para cima para facilitar a visualização e ajustes quando estamos de pé. O mais digno de nota deste combo é que ele tem 2 alto-falantes de 10 polegadas, a configuração mais exigida em combos porque combina um equilíbrio incomparável entre pegada e profundidade.
Um tweeter ativável/ desativável pode ser adicionado aos dois alto-falantes. Aqui, eu gostaria de colocar uma pequena crítica a este grande ampli: que o tweeter só possa ser “ligado ou desligado” para mim é impraticável, pois há muitas vezes em que eu gostaria de ter 20 ou 30% dele, por exemplo, o que é conseguido com um potenciômetro de graduação de passagem de sinal, em vez de um interruptor de sinal.
O amplificador fornece 800W a 4ohms, o que é uma potência brutal, mas para isso precisamos de uma caixa de extensão (8 ohms) conectada ao jack que existe para essa finalidade na parte de trás, pois com os dois falantes internos a impedância é de 8 ohms e alcança “apenas” 400W, o que é mais que suficiente para vencer a batalha com bateristas e guitarristas.
Há um único canal de entrada para um instrumento, algo irrelevante porque com todo o conteúdo que oferece, poderíamos dizer que ele tem canais infinitos. Além disso, também incorpora uma entrada auxiliar para a conexão de um tocador externo de música.
Quanto às saídas, uma das novidades mais interessantes: duas saídas diretas em linha com conector XLR balanceado e pré/ pós selecionável. E para que dois? Bem, muito fácil: muitos dos efeitos são estéreo, e no momento da gravação, se os mixarmos em uma saída mono, esses efeitos perderão parte de sua essência e eficácia. Além disso, a possibilidade de ter duas saídas nos permite fazer muitas outras coisas, por exemplo, e entre outras, enviar os dois canais da mesa para o técnico aplicar equalizações ou tratamentos diferentes em cada canal, enriquecendo o som do baixo no equipamento de PA.
Também possui uma saída USB para conexão direta a um computador, atuando como uma interface de áudio. Ou seja, você não precisa de nenhuma placa de som ou interface de áudio se quiser gravar diretamente através da conexão digital, você só precisa conectar a porta USB do Stage 800 com o computador. Finalmente, vamos mencionar a saída de fone de ouvido, fundamental em um amplificador de múltiplas funções.
O peso deste combo é outro ponto de destaque: 17,7 quilos. É transportável com alguma facilidade, algo muito valioso nestes tempos, e ainda mais levando em conta “tudo o que tem dentro” deste Fender Rumble.
Finalmente, resta dizer que o Rumble Stage 800 inclui o pedal MGT-4 de quatro switches para o controle e gerenciamento com o pé dos programas e sons, e também para o manuseio do looper.
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Sonoridade
Nesse combo há de tudo: desde o som mais pesado e mais grave até os timbres com pegada mais direta, passando por qualquer ponto intermediário: sons redondos, quentes, médios, “slappeiros” ou solistas.
Claro, em qualquer timbre você pode adicionar efeitos escolhidos na vasta lista de até 40, com os quais podemos fazer com o som o que queremos: saturá-lo, distorcê-lo, aplicar efeitos espaciais e ambientais, converter o baixo em sintetizador, oitavar, e uma longa lista de outras possibilidades à nossa disposição.
Com este arsenal à nossa disposição, é muito fácil obter o som preciso para cada baixo, para cada gravação, para cada tema ao vivo. Nunca houve tantas possibilidades dentro de um combo.
De partida, podemos garantir que você encontrará muitos sons válidos entre os 100 presets de fábrica. Eu testei um por um e há grande variedade e grande qualidade, resultando em muitos efeitos úteis para muitas aplicações. Mas se você não encontrar o que está procurando, você tem várias maneiras de conseguir: edite tomando um preset como ponto de partida (através do amplificador ou do Fender Tone App), inicie uma configuração baseada na combinação de amp/caixa e efeitos que pode criar facilmente ou pesquise entre a base de presets criados por artistas acessados pelo wi-fi.
Conclusão
O Fender Rumble Stage 800 é uma ferramenta perfeita para qualquer situação em que seja necessário um bom som grave através de um amplificador: ensaios, gravações ou ao vivo.
Sua capacidade de processamento oferece um mundo quase infinito de opções tonais, e se a isso adicionamos uma construção sólida e de boa qualidade, temos uma combinação gigantesca em som e grande confiabilidade. Preço? Realmente impressionante pelo que oferece: 825 Euros (NT: preço ao consumidor na Europa).
Recomendo nessas páginas que você faça uma visita ao vídeo explicativo que a Fender tem no YouTube, com legendas em inglês e espanhol. Ao visualizar este vídeo, você pode entender ainda mais o conceito e ouvir muitas de suas possibilidades.
Imagine, quem iria nos contar sobre algo assim há uns 15 anos? Aproveite a tecnologia, senhor baixista, para ser um pouco mais feliz.
De Jerry Barrios, para Bajos y Bajistas.
Artigo original de bajosybajistas.com. Traduzido por Musicosmos e publicado sob licença de Magazine Bajos & Bajistas®. Todos os direitos reservados.
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Magazine Bajos & Bajistas
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