[su_box title=”Lição:”]
- Habilidade: intermediária
- Teoria: intermediária
- Visão Geral da Lição:
- Entenda como frasear com um slide.
- Desenvolva um melhor senso de entonação.
- Aprenda a imitar a performance de Warren Haynes, George Harrison e muitos outros. Clique aqui para baixar um PDF para impressão com a transcrição desta lição.
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A história da guitarra slide está repleta de afinações abertas. Quando todas as notas localizadas em um determinado traste fazem parte do mesmo acorde, isso deixa as coisas muito mais simples. Mas, para muitos de nós, afinar novamente a guitarra cada vez que quisermos sacar o slide simplesmente não é prático. A logística de tocar sem ter um roadie entregando guitarras pré-afinadas a cada música torna a execução de um breve solo de slide em uma afinação aberta realmente impraticável.
Além disso, há o óbvio: já conhecemos bem o braço da guitarra na afinação padrão! Não é preciso descobrir onde uma nota está em alguma afinação estranha – as notas estão nos mesmos lugares de sempre.
Claro, não leva muito tempo para encontrar grandes expoentes da guitarra slide que tocam em afinação padrão, mesmo entre aqueles que preferem afinações abertas na maior parte das vezes.
Muddy Waters, Jimmy Page e George Harrison fizeram contribuições importantes para a slide guitar em afinação normal. O mestre moderno, Warren Haynes, é positivamente virtuoso com o slide na afinação padrão, apresentando blues impecáveis tocados na tradição de Duane Allman, mas sem as restrições da afinação em E aberto.
Algumas preliminares
Se você é novo no uso de slides, prefira um slide curto. Slides mais longos cobrem mais cordas e aumentam a probabilidade de ruídos e sons de notas indesejadas. Nunca é preciso cobrir todas as seis cordas quando se toca na afinação padrão – tocar em uma única corda é mais comum e raramente é preciso mais de três cordas.
O slide desliza sobre as cordas, então não pressione com muita força. Pode ser mais fácil tocar com ação média ou alta. Se a ação das suas cordas for muito baixa, siga o exemplo de Gary Rossington e coloque um pedaço fino de tubo sob as cordas na primeira casa, que as elevará o suficiente para a obtenção de um som limpo. (Assista a filmagem abaixo de “Freebird” para ver exatamente como é feito.)
Na maioria das vezes, você vai posicionar o centro do slide diretamente acima do traste (não antes do traste, onde você estaria pressionando normalmente ao tocar guitarra.) Claro, o slide permite opções de entonação mais refinadas e variadas, especialmente as nuances das blue notes, onde o som desejado pode ser “errado”.
Tocando em afinações abertas, é difícil cometer erros com o slide: escolha o traste certo e é provável que você soe bem. Não é assim na afinação padrão.
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Algumas escolhas podem ser ruins e a falta de um bom controle de mão direita (para os destros) pode estragar tudo. Então, é hora de abordar nossa seleção do que soa bem e do que não deve ser feito.
Tocar com o polegar e o dedo indicador (ou médio) torna tudo mais fácil, mas uma palheta também pode ser usada. Toque o Exemplo 1 para desenvolver uma abordagem single-note. O objetivo é uma nota soando por vez.
Clique aqui para ver e ouvir o Exemplo 1
Agora temos um exemplo de estilo rock clássico, um pouco como o trabalho de George Harrison e também como o slide que se ouve na Electric Light Orchestra. A 4ª, 3ª e 2ª cordas são as notas que formam uma tríade maior (assim como a afinação em sol aberto), portanto, são fáceis de empregar quando pretendemos encontrar notas de determinados acordes. O Exemplo 2 pode funcionar como base ou mesmo em solos.
Clique aqui para ver e ouvir o Exemplo 2
George Harrison foi uma das vozes mais distintas da slide guitar. Com um bônus: ele praticamente só tocava em afinação padrão! No Exemplo 3, uma linha cuidadosamente elaborada destaca cada um dos acordes. Podemos até passear pela marca registrada de Harrison, um acorde diminuto obtido com a hábil escolha da posição do slide no braço da guitarra.
A 11ª casa tem a dim7 e a b5 do acorde diminuto. Em outras posições, as notas na 2ª e 3ª cordas são usadas para obtenção de sabores maiores e menores. Para um acorde maior, lá estão a tônica e a 3ª; para menor, a 5ª e a 3ª menor.
Clique aqui para ver e ouvir o Exemplo 3
Slides longos e abrangentes – além de escolhas meticulosas das notas – são cruciais para entrar na abordagem de George Harrison em sua execução de slides altamente melódica. No Exemplo 4, esboce uma tríade simples em Mi maior no primeiro compasso antes de atingir as notas do acorde novamente sobre o Edim7. Ao ir de A para Am, concentre-se no movimento de 3 para b3 para realmente delinear o som dessa mudança.
Clique aqui para ver e ouvir o Exemplo 4
Jimmy Page conhece bem o slide de afinação aberta, mas ocasionalmente tocava na afinação padrão. Este solo suave (Exemplo 5) funciona sobre uma progressão jazzística em E. A escala escolhida é Mi Pentatônica Maior (E–F#–G#–B–C#), mas há um Sol natural usado para corresponder à 7ª do acorde A13.
Clique aqui para ver e ouvir o Exemplo 5
Muddy Waters usou afinações abertas extensivamente, especialmente em seus primeiros anos, mas sua forma de tocar nos anos 70 e 80 costumava favorecer a afinação padrão.
Ele normalmente posicionava o capo no terceiro traste e tocava como se estivesse no tom de E, embora o som real fosse G. Somos abençoados com uma quantidade generosa de imagens ao vivo dele tocando guitarra slide. Abaixo está um clipe do Chicago Blues Fest de 1981.
O Exemplo 6 mostra o abandono selvagem que Muddy Waters personificou em seu espirituoso modo de tocar guitarra slide. Talvez não haja melhor maneira de aprender as notas “erradas” – blue notes coloridas que estão no meio do caminho entre as convencionais 12 notas por oitava.
Clique aqui para ver e ouvir o Exemplo 6
Warren Haynes é um dos mais influentes guitarristas de slide em afinação padrão. Ele foi o cara que de forma convincente trouxe a habilidade de tocar open-E de Duane Allman para a afinação padrão.
O Exemplo 7 é um lick “para frente e para trás”, crucial para este estilo. Saber abafar as cordas é fundamental. Warren usa os dedos em vez de uma palheta ao tocar slide guitar, o que torna esse controle muito mais fácil. Se você obtiver um som estranho com a palheta, definitivamente deve considerar mudar para o estilo do tocar com os dedos.
Clique aqui para ver e ouvir o Exemplo 7
As notas do Exemplo 8 não são tão diferentes do que você tocaria em um solo de blues digitando as notas nos trastes. Essa é uma grande vantagem da afinação padrão sobre afinações abertas: todas as notas estão onde você pensa que estão!
Clique aqui para ver e ouvir o Exemplo 8
O Exemplo 9 é bem na escola de slide guitar de Duane Allman. Claro, as duas cordas superiores de uma guitarra em afinação padrão são as mesmas encontradas em uma afinação E aberta. Aproveite as semelhanças quando possível. O slide permite grande liberdade de inflexão e o estilo Allman é repleto de nuances e sutilezas.
Clique aqui para ver e ouvir o Exemplo 9
Então, agora você provavelmente concorda que tocar guitarra slide na afinação padrão não é uma limitação, mas sim uma nova maneira de redirecionar seu conhecimento do braço e desbloquear uma expressividade sem precedentes. Comece devagar, concentre-se na entonação e no timbre – e imite os mestres.
Arthur Rotfeld. Um guitarrista fluente em vários estilos, Arthur Rotfeld mantém uma programação ativa de ensino, composição e apresentações. Você pode saber mais e contatá-lo em rotfeld.com.
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Sobre o Autor
Premier Guitar
Artigo originalmente publicado em Premier Guitar, traduzido e publicado por Musicosmos sob licença de Premier Guitar. Todos os direitos reservados.
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